Agora não


Por vezes não conseguimos resolver ou fazer determinados projetos por esta ou por aquela razão.
Por vezes temos como objetivo concluir esta ou aquela matéria,  mas nem sempre conseguimos, nem sempre estamos vocacionados para esse ato.
E então começamos a verbalizar: agora não consigo; fica para a próxima vez; paciência, mas não dá; lamento, mas o tempo é curto;  agora não dá.

Enfim, um infindável rol de desculpas, mas e porque é que não dá, porque é que não conseguimos fazer tudo.
Efetivamente o que são essas coisas que podem ficar para segundo ou até terceiro plano?

Dar uma caminhada;
Sair com uns amigos;
Ir ao cinema;
Fazer um jantar para a família em casa;
Beber um café à beira-mar com a família;
Visitar os nossos familiares mais vezes;
Visitar um bebé  que nasceu há pouco;
Fazer uma viagem;
Divertirmo-nos um pouco;


Não temos tempo para estas coisas,

Agora não.

Mas o que é incrível e cruelmente certeiro é que naquela situação de fim de vida todos temos de estar disponíveis e todos vamos ao velório, ou até  mesmo acompanhar o corpo até à sua última morada. Porquê? Porque é que somos assim?

Somos um Ser que não sabe descortinar as prioridades, não sabe o valor que determinadas situações ou ações têm na nossa vida. E por isso não nos divertimos.

Vamos fazer um favor a nós próprios, vamos parar um pouco e pensar se realmente temos de viver assim, de costas voltadas para os restantes seres, ou se podemos suspender um pouco os afazeres e partilhar com os outros as nossas vidas, as nossas angustias e as nossas felicidades.
Sim, porque partilhar é preciso, viver em sociedade é preciso.

Estruturemos as nossas vivências  em consonância com os outros seres semelhantes a nós.
Deixemos cair a frase:
Agora não





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