A Esperança, A Ansiedade



Hoje, tal como nos outros dias todos, sinto-me de coração apertado, de ânimo rasteiro. Porque será? Será do tempo, do stresse, ou simplesmente pelo facto de não estar satisfeita com alguma situação?

Não sei explicar, não quero explicar, quero apenas constatar que os meus dias de auge, de alegria e de satisfação já estão longe. Longínquos até. A minha vida, e a de muitos outros seres, não tem razão de ser, eu não tenho razão de existir. A vida traz-nos dissabores, dá-nos aborrecimentos, devolve-nos tristezas, sentimo-nos melancólicas. Mas, e se de repente a nossa vida desse uma volta de 180º, se de repente tudo o que nos rodeia fosse mais colorido, mais vivo e mais cintilante.

Essa seria a insurreição necessária para que os nossos corações jubilassem de alegria.

Então imaginaremos que a nossa vida a partir de agora faria um outro sentido.

Não existiriam pobres, nem fracassos, nem tristezas, nem crianças abandonadas, nem maltratadas, nem pobreza, nem fracassos, nem tristezas, nem desemprego, nem fome, nem insucesso escolar, nem degradação, nem prostituição, nem drogas, nem fracassos, nem tristezas, nem tristezas, nem fracassos.

Apenas e somente alegria, convívio, partilha, solidariedade, êxito, benfeitoria, habitação, paz, pão, educação, emprego, saúde, enfim, uma vida bem melhor.

Todavia, não consigo encontrar esse pequeno pedaço de mundo, não consigo vislumbrar a alegria e a força de viver, não consigo descerrar a placa dessa inauguração, tão esperada e desejada, daquele mundo especial, onde tudo e todos tinham e têm a sua razão de existir.

Ao fundo, bem ao fundo daquele caminho, vejo e sinto a mudança, a metamorfose dos nossos seres, das nossas vidas, vejo a esperança, vejo a alegria que convive com todos. Sinto a ansiedade, a alegria, a concretização, a ambição de ser feliz.

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